quarta-feira, 16 de maio de 2007

A vida selvagem de GG Allin.

GG Allin nasceu em 29 de agosto de 1956 em New Haven nos EUA. Foi registrado pelo pai, um louco e fanático religioso, como Jesus Christ Allin. Morreu aos 37 anos em 28 de junho de 1993.
Cantor de punk rock que se tornou notório por suas performances ao vivo nas quais - assim como o precursor e veterano Iggy Pop - cometia todo o tipo de escatologia em pleno palco, se cortava com cacos de vidro e espancava aleatoriamente pessoas da platéia. Mais conhecido e comentado por suas atitudes do que por seu trabalho musical, gravou um volume significativo de material entre os anos 80 e o início dos 90.
Seguem abaixo, algumas declarações, trechos de depoimentos e fatos sobre a vida mais que selvagem deste maníaco extraidos do site/portal "A Barata", cujo link ao final vale a pena conferir:

GG Allin:
"Se você acredita no verdadeiro rock'n'roll underground, então é hora de fazer alguma coisa. A hora é agora de derrubar a situação e declarar guerra às gravadoras, estações de rádio, publicações, bares e qualquer um que promova a chamada "cena" que existe atualmente....".

"Sou o salvador underground do rock... minhas palavras e música guiarão meus seguidores e missionários no que for necessário para destruir o rock'n'roll como existe hoje e reconstruí-lo em meu nome... no nome da verdadeira rebelião e inconformidade. Ele deve ser devolvido aos párias e marginais."

"Se eu tivesse a oportunidade de passar um vídeo na MTV, seria um vídeo revolucionário - anarquia completa e caos... assassinato da polícia, violência e terror contra o sistema e o governo, assassinato do presidente, genocídio de estrelas do rock e empresários da indústria musical... sangrar as gargantas dos VJs da MTV e fazer uma orgia em seu sangue."



Kim Fowley, produtor e compositor veterano que já trabalhou com Lou Reed, Kiss e The Runaways:
"G.G. Allin é um herói! Ele é um mártir elétrico em um mundo cada vez pior... G.G. Allin não desperdiça sua vida. Ele vive uma vida dolorosa. G.G. Allin é 'o último dos selvagens'... Como Amy Fischer, como Charles Manson, como o Birdman de Alcatraz, G.G. Allin foi atirado nas trevas. Mas ele viu a luz..."

Michael Board, colunista da lendária revista da cena punk underground americana Maximum Rock'n'Roll:
"Eu estive no famoso último show de G.G. Allin em um velho posto de gasolina em Nova Iorque. Estava lotado de seus seguidores. G.G. adentrou o palco. Vestia apenas um tapa-sexo e coturnos. Logo ele tiraria o tapa-sexo. Cantando "I Am The Highest Power", ele parou de reclamar do microfone. "Você não passa de um frango!" gritou um rapaz loiro. G.G. se virou. "Ah, é?" ele gritou. Pegou o microfone e bateu na cabeça do rapaz. Bang! O loiro desabou. Um jorro de sangue saía de sua testa. Alguém puxou o corpo caído pelas pernas e tirou-o do caminho. "Eu sou um frango! Eu sou um frango!" gritava G.G., batendo sua cabeça nas portas de metal do que uma vez tinha sido uma garagem. Saía mais sangue de sua cabeça do que da testa do rapaz. Escorria pelo rosto e brilhava no seu peito... Um sujeito barbudo correu pela porta lateral, com a mão no olho esquerdo. Sangue entre os dedos. Mais pancadaria. A multidão recuava, à medida que um G.G. pelado avançava. Um, dois, três, quatro. Os feridos cambaleavam, empurrados em um caminho sangrento pela força da multidão. Do lado de fora, o guitarrista da banda de abertura jogou uma garrafa em um carro que passava. Um garoto se atirou na direção de um ônibus, subindo pelo capô e dando socos no para-brisa. O motorista assustado acelerou, atirando-o para o lado. Garrafas voavam por todo o lado. G.G. estava no meio da rua, ainda pelado. Se agarrou a um poste, batendo sua cabeça nele. Então ele andou em direção a seus fãs. Eles se apavoraram, um pisoteando o outro para tentar fugir. O sangue, agora em torrentes, lavava todo o corpo de G.G. Sirenes começaram a ser ouvidas. G.G. cruzou a rua, andando rápido. Uma dúzia de viaturas apareceram de todos os lados. Os tiras desceram, alguns de capacete. "Larguem essas garrafas" dizia a voz no megafone... Então tudo acabou... G.G. tinha fugido. Pelado, coberto de sangue. Desapareceu. Era domingo. Na segunda-feira de tarde o telefone tocou. Era Merle, irmão de G.G.. "G.G. morreu esta manhã", ele disse. "Ele morreu dormindo, de uma overdose de heroína". Rebelde, rude, violento, ele foi e continuará sendo o último delinqüente punk rocker. Este rapaz selvagem de Lancaster (New Heaven), quando vivo e na cadeia, costuma se proclamar: "eu sou o mestre do rock'n'roll e o terrorista número um!". O disco "Aloha from Dallas" foi gravado em 1985 e é pura vida, pura fúria, pura energia... Uma última mensagem do além. Uma rara performance de um homem que levou o rock'n'roll ao seu extremo.

Site A Barata:http://www.abarata.com.br/musica_bios_detail.asp?codigo=96

Assista GG Allin no You Tube...

http://www.youtube.com/watch?v=5M_oSpAXwaI&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=yPxgVTuHkbM&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=6F4b9KiAnbQ&mode=related&search=

...e divirta-se!

Um comentário:

Anônimo disse...

O mais legal é que ele realmente espancava, sentava o cacete em pessoas do público escolhidas ao puro sabor do acaso. Hehehe, muito punk...