quarta-feira, 27 de junho de 2007

Cansado cansado da vida chinela
No abarrotado Planeta Favela
Passeata cidade de branco na paz
Fragilidade nada sagaz
Mais um tiroteio carnavalesco
Milícia celebra país novelesco
Na guerra guerrilha tudo acontece
O mundo é uma ilha e a gente se esquece

segunda-feira, 18 de junho de 2007

O TERCEIRO MUNDO VAI EXPLODIR!

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O Terceiro Mundo Vai Explodir!!

Todos os dias pela manhã, eu prontamente agradeço dez vezes em frente ao espelho por ser um contumaz apreciador das mais ácidas laranjas mecânicas provenientes dos pomares da sétima arte. Quer seja Ivan Cardoso com Ed Lombroso, Eisenstein com Frankenstein, Godard com Mojica, Buñuel com canjica, Sganzerla com mortadela, Baiestorf com Orloff, Glauber com os Irmãos Rocha ou Pepa com a xepa, minha gratidão é extensiva aos atuantes da música independente e descompromissada com o êxito formulado, testado e aprovado nos laboratórios do Grande Irmão. Menções honrosas aos Racionais Mcs, aos Ratos de Porão, Lobão,  Krisiun  ao Daminhão Experiênça e a todos os músicos e compositores que tem o mapa da mina na cabeça.
Aqui e agora, refiro-me propriamente às formas de vida inteligentes que habitam este canto da galáxia e cuja auto-expressão seja o livre confronto direto e um posicionamento frente aos padrões diluídos e direcionados ao grande público, este que representa o principal alvo da indústria da cultura de massa, das arrasadoras mega-campanhas elaboradas e veiculadas para outdoors, totens, sorteios, horário nobre, novelas, celeiros de celebridades, partidos políticos, festas, eventos e promoções, iscas e anzóis desse imenso mar de tubarões.
Não tenho nada contra ninguém especificamente, pois todos nós, querendo ou não, constituimos o chamado público alvo, somos objetos das freqüentes balas perdidas dos tiroteios, rajadas, granadas e falsas blitz capitaneadas pelo famigerado mainstream. A odiosa Babilônia protagoniza esta incessante guerra meio-quente-meio fria, verdadeira cruzada pragmática pela  selva contracultural não consumista. Acredito neste princípio idealista e extremo que sinaliza e brota nos quatro cantos do mundo, como boa erva, forte e plena na nobre e natural função de temperar e fertilizar o insalubre e árido território em que inadvertidamente vegetamos à espera da próxima "novidade". O terceiro mundo vai explodir!

sábado, 9 de junho de 2007

Sherlock Holmes

O derretimento das calotas polares
Pela emissão de gases poluentes
Meu caro Watson são elementares
Os intentos de cercear os emergentes

Muralha da China

O planeta Terra é uma camada fina
daqui de cima posso ver
A Grande Muralha da China

sexta-feira, 8 de junho de 2007

A Máquina

O homem arrota
Exorta e berra
Aquina serra
Corta e encerra

terça-feira, 5 de junho de 2007

O Fluxo Nebuloso do Efeito Estufa Sulfuroso

Dó ré mí fá sol lá lá lá aqui acolá em qualquer lugar a vida é assim mesmo tanto quanto no desenrolar sem freio de uma venturosa visão a esmo em mil e uma táticas de guerrilha e bombardeios de fragmentos explosivos sopros de poeira cósmica sem rumo nem prumo quando nove entre dez pensadores falastrões profetas e charlatões elucidam a exclusão pessoal introversão distinção como meio para a cura do complexo de eremita eu digo a verdade é uma fagulha num palheiro situado entre a agulha e o vespeiro derradeiro sorrateiro comboio de neurônios em fluxo livre que evolui e polui aonde mutam sonhos em despertar bisonhos estigmas e enigmas de um saudoso criminoso de perfil lombroso nebuloso espírito do efeito estufa sulfuroso condenados estamos à nossa própria liberdade fugir fugir você até pode mas jamais se esconderá de sí mesmo seu reflexo complexo explode e a simplicidade é parte de um todo que carrega e renega a carga intransferível indefectível lei da vilania indelével na vila babilônia amônia verde passa mal sonrizal zumbinoll turbo genético nergétiko nervo asiático elixir parabólico aqüifero reático sou super ultra lunático de um lugar qualquer qualquer lugar é qualquer bem me quer mal me quer lá lá lá sol no sofá mí ré dó dó dódó canta de galo no poleiro có córócócó...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

H.P. LOVECRAFT

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O Culto de Cthulhu.

O extenso complexo de fauna e flora existente na natureza é objeto de conhecimento da ciência de uma maneira ainda superficial, pois as lacunas referentes ao que desconhecemos, principalmente no que tange aos mundos aquático e subterrâneo são extensas e por vezes assustadoras.
A emoção mais forte e mais antiga do homem é o medo, e a espécie mais forte e mais antiga de medo é o medo do desconhecido, aquilo que é, o que já foi e o que poderia ter sido.
O Culto de Cthulhu, conto do fantástico escritor americano HP Lovecraft, explora o medo do desconhecido ao apresentar de forma fictícia toda uma mitologia própria, criativa e bem original baseada na "real" existência de estranhas criaturas ancestrais ao homem, descritos como seres funestos, cruéis, bizarros e monstruosos descobertos por vestígios e incidências no qual também revelavam há tempos inomináveis a corrente prática de um estranho culto em que eram venerados como força suprema. Em vista disso, o conto revela e expõe a total fragilidade e insignificância do ser humano bem como o seu medo primitivo frente aos enigmas da natureza. Esta referida condição humana tem sido o impulso da ciência no sentido de superar tais limitações. Contudo, os meios predatórios desta era de ferro, fogo e combustíveis fósseis, restos mortais de dinossauros e demais espécies extintas há milhões de anos, parece nos conduzir irreversivelmente à mencionada e desconcertante insignificância relativa ao eco sistema em que vivemos e que por fim, sinaliza, tal e qual um soturno e ameaçante eclipse, para um futuro idêntico ao dos referidos lagartos pré-históricos.